O autocuidado como uma soft skill para os homens no futuro do trabalho

Leandro Ziotto, fundador da 4daddy

“Um homem que não sabe cuidar de si próprio, não sabe cuidar de outras pessoas. E, em uma sociedade pós-pandemia, o cuidado será uma soft skill essencial para a liderança da Nova Economia.”

Leandro Ziotto, fundador da 4daddy

O cuidado é o pilar central para a manutenção da nossa sociedade e economia. E quem diz isso não sou apenas eu, Leandro Ziotto, mas todos os estudos levantados pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização das Nações Unidas (ONU), McKinsey, Fundo Monetário Internacional (FMI) e etc.

Só se constrói uma economia forte e inovadora, por meio de adultos saudáveis e com suas competências em pleno desenvolvimento. Mas nada disso é possível sem o CUIDADO!

E cuidado é uma tecnologia, portanto, se aprende e se ensina. Não à toa o tema “saúde mental e bem-estar” tem sido cada vez mais trabalhado dentro das empresas. Empresas modernas, alinhadas com o conceito ESG e integrantes de movimentos globais como Sistema B, ONU Mulheres, entre outros, já possuem uma equipe, área e budget dedicados ao bem-estar dos colaboradores.

Numa sociedade onde os homens ocupam maior espaço nas posições de poder e tomada de decisão, a conscientização sobre saúde, bem-estar, cuidado e práticas antimachistas se fazem urgentes. 

O Novembro Azul é uma oportunidade incrível para mostrarmos aos homens que a tecnologia do cuidado pode impactar sua vida pessoal, mas também sua carreira profissional, ajudando-o a desenvolver habilidades socioemocionais tão exigidas hoje no mercado de trabalho, e que serão indispensáveis em qualquer relação humana num futuro muito breve.

A falta do autocuidado masculina impacta nos indicadores sociais e econômicos de um país ou de uma empresa. Dados do Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e de associações de empresas de gestão de vidas informam que os homens vivem 7 anos a menos que as mulheres; têm mais propensão a doenças que aumentam a evasão/faltas e licenças do trabalho, e geram os maiores custos em manutenção de acidentes de trabalho e sinistros médicos. 

Diante deste cenário, é importante que as empresas abram espaço para ações de engajamento, conscientização e acolhimento, com o objetivo desmistificar estereótipos socioculturais que afastam os homens do cuidado com o bem-estar e a qualidade de vida. Confira algumas dicas de boas práticas: 

– Criação de Grupo de Afinidade de Homens, com objetivos e metas bem estabelecidas e alinhadas com as estratégias da empresa para desenvolver ações abordando temas como: Saúde Física e Mental, Equidade de Gênero, Habilidades socioemocionais, Família e Paternidades e etc.

– Ciclos de rodas de conversa ou grupos reflexivos de Homens, com o objetivo de construir uma rede segura e de acolhimento entre os homens e colaboradores para troca de experiências, bons hábitos, angústias e medos, dicas e, principalmente, construção de um ambiente seguro para saúde mental.

– Toolkit de comunicação com cartilhas, postagens, entre outros, com informações e dados para gerar conscientização sobre o tema.

– Treinamento das equipes de RH, Compliance, D&I, entre outros, sobre o tema.

– Mentoria para liderança, oferecendo letramento e conscientização sobre Economia do Cuidado, Cultura Antimachista, ESG, D&I, Soft Skills e etc.

– Política de equidade de gênero e de paternidade, desenhada exclusivamente para homens.

Termino o meu artigo com uma frase que sempre repito diariamente para mim e para outros colegas  homens com quem trabalho: 

“Aprender a cuidar de mim, foi o primeiro grande passo para saber cuidar bem da minha família, das pessoas próximas, da minha própria empresa e das pessoas que lá trabalham, dos meus clientes, fornecedores e parceiros e, principalmente, a cuidar melhor do planeta!”

Leandro Ziotto, pai afetivo do Vini, fundador da 4daddy, consultor em Impacto Social, Gênero, parentalidades e Economia do Cuidado. Signatário da ONU Mulheres e parceiro do ICCB.

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