O Capitalismo Consciente está só começando!

Alguns meses atrás, antes de aceitar o convite para ser conselheira do chapter brasileiro do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, fui correndo à livraria comprar o livro de mesmo título. O vendedor me questiona com um sorriso irônico: “Capitalismo Consciente? E isso existe?” Um pouco sem graça, respondo: “Se não existe, está na hora de criarmos”.

Livro lido, convite aceito. O Capitalismo Consciente prega que qualquer empresa é feita para muito mais do que produzir lucros. Seus pilares: propósito maior + cultura consciente + orientação para stakeholders + liderança consciente.

Agora pula aí alguns meses e lá vou eu para o nosso espaço na HSM Expo 2017, em novembro. Ouvi relatos fantásticos de empresários (de sucesso!) que cansaram dos negócios como são feitos no Brasil e decidiram mudar o jogo.

Está só começando, mas pode acreditar que esse jogo vai ser ganho. Alguns sinais (não vou dar todos os créditos aqui porque confesso que já não me lembro de quem ouvi o que):

1) Alteração do modelo de percepção de sucesso profissional: empresas que não oferecem propósito mas apenas promessas de enriquecimento financeiro começam a ter dificuldade de contratar/ reter talentos

2) Alteração do modelo de decisão de consumo: muito emblemático o exemplo do Rony Meisler, da Reserva, dizendo que, depois da campanha de 1 peça = 5 pratos de comida, as pessoas começaram a falar “fui na Reserva e contribuí com 15 pratos de comidas”, ao invés de “comprei 3 camisas”! Uau!

3) Alteração do modelo de decisão de investimento: gigante financeiro americano fez uma pesquisa cujo resultado indica que daqui 20 anos alguns trilhões de dólares passarão para as mãos de herdeiros millenials e que estes herdeiros querem ver o impacto no mundo do seu dinheiro investido. Para um capitalista tradicional significa mais ou menos o seguinte: ou você mostra o impacto que vai causar no mundo ou eu não coloco dinheiro no seu negócio. Percebe o impacto disso?

4) Alteração do modelo de gestão: vimos o caso real de uma empresa de microcrédito que tem um conselho de clientes e outro de agentes, com o poder de homologar (ou vetar) decisões da gestão.

5) Ateração dos critérios de “compensação” aos colaboradores: ouvimos casos reais de modelos mais humanos que vão desde ajudar a realizar sonhos realizáveis até a existência de um cargo de CLO (Chief Love Officer), que foca em promover realização pessoal e não apenas profissional.

6) Alteração da relação com concorrentes: conhecemos uma Venture Capital que abre informações para concorrentes porque entende que não se cria um mercado sozinho.

Voltando ao meu vendedor de livros lá do início deste post, hoje não fico mais sem graça e posso responder: existe, sim! Pequenininho, mas tá lá. Bora trabalhar, parar de reclamar e multiplicar!

Abraços,

Elaine Palmer

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