Propósito: acelerador de desenvolvimento de empresas

Ultimamente, muito tem se falado sobre o Capitalismo Consciente como uma nova forma de empreender que tem sido adotada por empresas tradicionais e digitais. Tal movimento abrange lideranças conscientes e uma gestão humanizada, que visam buscar novos caminhos para o crescimento. Embora o termo esteja sendo usado por vários empreendedores do ramo, grande parte da população ainda não tem conhecimento o que de fato é essa filosofia de negócios. 

Capitalismo Consciente em Cuiabá

No final de fevereiro foi realizado, de forma gratuita, o Talk Consciente ‘Propósito nas Empresas de Mato Grosso’, com a participação de líderes de sucesso de empresas mato-grossenses. 

Karine Borges, líder regional do Capitalismo Consciente em Cuiabá, fez a mediação do evento transmitido online via Zoom e deu início com a provocação de como os convidados descobriram os propósitos nas suas empresas. 

Escuta ativa nas empresas

O diretor executivo do Grupo Matos, Daniel Matos, abriu o encontro ressaltando a importância de se ter a sensibilidade de ouvir os colaboradores da empresa com intuito de agregar valor ao mundo e provocar, nos colaboradores, a reflexão da razão de estarem todas as manhãs naquele lugar. A essência, mantida por gerações, é um ponto fundamental para Daniel quando afirma que toda empresa tem uma identidade própria e precisa ser respeitada. 

“Seguidores e engajamento são coisas fundamentais. Quando você consegue ter um time de colaboradores e clientes que te seguem, que te olham com amor e carinho, a gente pode imaginar o resultado que isso traz para o bolso no final do mês […]. Gera resultados melhores”, reforça Daniel.

A diferença de TER e SER

Para Álvaro de Carvalho, diretor da Soul Propaganda, é necessário ressignificar a definição de sucesso. “A gente foi criado no meio em que ter sucesso é ter dinheiro […]. Resumimos o sucesso a algo material […]. A busca incansável pelo dinheiro não me trazia paz”, disse o diretor.

O empresário ressalta que não se pode confundir missão com propósito. A missão é inspirar pessoas e o propósito tem que ser na colaboração do crescimento desses indivíduos. “Pessoas melhores são profissionais melhores”, finalizou Álvaro. 

Servir para ser útil

O sócio-fundador da Central CM Core Metrics, Eber Martins, falou sobre a importância do primeiro emprego na fortificação de relações e aprendizado. “O propósito é ter um motivo hoje para ter uma esperança amanhã”, pontuou Eber. 

Ele garante que o cliente é a extensão da empresa e que o propósito, para sua empresa, é servir e ter a percepção de ser útil. 

O Capitalismo Consciente existe para ajudar a transformar o jeito de se fazer investimentos e negócios no Brasil.

Se você não conseguiu assistir este Talk Consciente, acesse este link e aproveite para seguir o canal do Instituto Capitalismo Consciente Brasil.

Afinal, o que é Capitalismo Consciente?

O Capitalismo Consciente foi criado por John Mackey, cofundador e CEO da Whole Foods Market, e Raj Sisodia, especialista em gestão e professor da Babson College. Juntos, fundaram o Conscious Capitalism Inc., em 2010. Três anos depois, publicaram, em coautoria, o livro Conscious Capitalism: liberating the heroic spirit of business (“Capitalismo Consciente: como liberar o espírito heroico dos negócios”).

A organização define o Capitalismo Consciente como uma “maneira de pensar sobre o capitalismo e os negócios que reflita sobre onde estamos na jornada humana, o estado de nosso mundo hoje e o potencial inato dos negócios para causar um impacto positivo no mundo”.

O objetivo do Capitalismo Consciente é trazer resultados positivos não só para a empresa, mas para a sociedade também. Por isso, é cada vez maior o número de empresários que acreditam que fazer negócios é mais do que apenas ganhar dinheiro. Essas companhias tornaram-se mais atentas aos problemas sociais, ambientais e econômicos que afetam a sociedade, focando menos no lucro e mais no coletivo.

Desta forma, surgiu o Capitalismo Consciente, com o princípio de que o capitalismo, como sistema estabelecido, precisa ser reavaliado e reconstruído de forma mais humana.

O movimento envolve a preocupação com a degradação ambiental e com a pobreza extrema, bem como a consciência de que a solução para esses problemas só será possível com a participação ativa do mundo empresarial. 

Em Mato Grosso, o número de líderes conscientes está em expansão. Karine Borges, liderança local do Capitalismo Consciente em Cuiabá, já realizou encontros com diversos gestores que atuam no ramo, para abordar, principalmente, o capitalismo consciente no contexto pós-pandêmico.

*Iury Lupaudi é Jornalista na era digital. Editor de Redes Sociais para diversos perfis da TV Centro América e Primeira Página Grupo afiliado da Rede Globo e voluntário da Filial Regional do Capitalismo Consciente em Cuiabá (MT).

Compartilhe

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on linkedin
Share on telegram

Deixe seu comentário

Posts recentes

Há muito mais na cultura do que se imagina

A cultura de uma organização é formada pelo conjunto de crenças, comportamentos e valores das pessoas que atuam nela. Logicamente, elas são atraídas por um determinado tipo de comportamento, ritos, normas, “jeitinho” do funcionamento dos líderes e de outras pessoas que já estão lá há mais tempo. Aparecendo ou não nos manuais internos, toda empresa tem uma cultura.

Embaixador(a) I

R$ 0,00