Por Daniela Jacques – Fundadora da Poesis.
Para algumas empresas, solidificou-se o entendimento de que o propósito maior de uma organização é fazer a diferença positiva no mundo e não somente maximizar o valor da marca. Só que para isso acontecer, é importante que o propósito da empresa seja a pedra angular, o fio condutor das estratégias de toda a organização, assegurando coerência entre como as pessoas se comportam e o que dizem defender.
Eu tenho percebido que, algumas vezes, o desafio está bem no início: na própria definição e entendimento do propósito. E por isso eu trago um exercício, com o intuito de ajudar as pessoas a validarem o seu propósito e que pode estar na interseção das quatro categorias:
Do que o mundo precisa? Pelo que as pessoas da empresa são apaixonadas? No que a empresa é excepcionalmente boa? Como a empresa pode criar valor econômico?
Fonte : “The Heart of Business” de Hubert Joly.
- Do que o mundo precisa: Quais são as necessidades específicas e importantes não atendidas no mundo? O quanto é fundamental atender a essas necessidades? Que diferença isso fará?
- Pelo que as pessoas dentro das empresas são apaixonadas: O que impulsiona as pessoas na empresa? Que diferença elas gostariam de fazer no mundo? (Isso se aplica à liderança sênior, bem como a todos os colaboradores)
- Como a empresa pode criar valor econômico: Quais oportunidades de negócios resultam dessas considerações? Quão atraentes são os potenciais lucros associados? A empresa consegue capturar o suficiente desse valor?
No entanto, o Relatório Regeneration Rising, Wunderman Thompson, diz que não adianta só comunicar e falar sobre o propósito. Para as corporações, significa olhar mais a fundo como elas se manifestam na sociedade, reconhecendo os impactos negativos e também destacando o bem que estão fazendo em constantes monitoramentos, avaliações e mudanças. Então, eu volto ao início, em uma provocação para que possamos refletir ainda mais sobre as nossas responsabilidades dentro das organizações:
“De que forma o mundo seria (pior) se a sua empresa não existisse?”