por Thiago Hagui*
Nesse ano de 2020, em meio a uma grave crise econômica gerada pelo contexto pandêmico no Brasil e no mundo, as estratégias financeiras das organizações e dos indivíduos foram colocadas à prova. Nesse cenário, deficiências de planejamento foram claramente reveladas, o que levou a questionamentos sobre os modelos tradicionais de negócio.
Preocupados com este tema tão comum na sociedade – a tensão financeira, que se resume no impacto causado pela falta de planejamento financeiro na vida dos colaboradores, líderes, gestores e equipes de recursos humanos têm trabalhado com um olhar mais cuidadoso em relação aos programas de bem-estar financeiro focado nos colaboradores.
Programas corporativos de bem-estar financeiro têm como objetivo ajudar a organização do planejamento financeiro dos colaboradores, que são parte dos stakeholders da empresa. Problemas na organização financeira podem impactar indiretamente na organização, como por exemplo:
- Colaboradores que precisam utilizar das horas trabalhadas para cuidar das finanças pessoais;
- Problemas de estresse devido às questões financeiras,
- Desempenho abaixo do esperado e,
- Prejuízo para a organização devido à baixa performance.
Dessa maneira, as empresas que investem em educação financeira miram muito além de sua própria produtividade, pois cumprem um importante papel social ao empoderar seus colaboradores a tomar decisões conscientes, tendo um impacto positivo na sua vida particular, no seu trabalho e na sua comunidade.
Considerando os 4 Pilares do Capitalismo Consciente, investir na melhoria da qualidade da vida financeira dos colaboradores tem como consequência o aumento do engajamento com a empresa através do sentimento de pertencimento e alinhamento com o propósito, a valorização da liderança e a disseminação da cultura consciente, resultando em:
- Redução do estresse no trabalho causado por problemas financeiros pessoais;
- Redução do turnover;
- Aumento de produtividade.
Pode-se concluir, a partir das informações apresentadas, que os programas de bem-estar financeiro estão alinhados aos pilares do Capitalismo Consciente. Ainda, pode-se ressaltar que com a implementação destes programas, todos os envolvidos saem ganhando e, por consequência, ocorre a melhora não só de produtividade no trabalho, mas como também no impacto na qualidade de vida dos colaboradores e da sociedade através da consciência financeira.
*Thiago Hagui é Planejador Financeiro Pessoal na GFAI e Embaixador E1 do Capitalismo Consciente.