Olá pessoal Consciente, Chegamos ao terceiro dia desta jornada da Consciência no Auditório do Capitalismo Consciente Brasil na HSM Expo 2017, em São Paulo. Como já relatado nos posts anteriores, nosso primeiro e segundo dia foram riquíssimos e conseguimos transmitir um grande engajamento aos pilares do Capitalismo Consciente como o Propósito, a relação equânime com os Stakeholders, o Líder Consciente e a transmissão da Cultura e Valores Conscientes. Nossa jornada se encerrando ainda reservou excelentes surpresas e aprendizados. Começamos o dia com o nosso conselheiro e patrocinador Vitor Marques, da Visagio, levando, juntamente comigo, os dados de duas pesquisas inéditas que realizamos pelo ICCB. Uma patrocinada e realizada por outro conselheiro, Ulisses Zamboni, por meio da Santa Clara, sua agência de propaganda, perguntando para os brasileiros (pesquisa quali e quanti com dados estatísticos comprovados): “O que é Capitalismo?” E a pesquisa quanti da Visagio com as empresas, “Qual o grau de Consciência nos Negócios?”. Os dados são preocupantes, mas também animadores. Na pesquisa com os indivíduos, não há repertório para a maioria dos brasileiros em conceituar “Capitalismo”, uma vaga menção: “Tudo aquilo que tem a ver com dinheiro”. No entanto, o brasileiro é muito batalhador e “se vira” para tudo que o Estado não provê, com isso, ele não vê o papel social da Iniciativa Privada na vida dele. Isto faz com que ele não perceba o Propósito das empresas.
Sua única relação com a Iniciativa Privada é de “Consumo”, pois só se vê inserido na sociedade por meio do Consumo. Nem como colaborador ou empregado cita o papel da Iniciativa Privada.
Por outro, lado 80% acreditam que trabalhando conseguem subir na vida (podem consumir mais). Finalmente, quando expomos uma definição correta do Capitalismo Consciente, mais de 54% dos entrevistados conseguem entender o que é e acham o conceito muito interessante, apesar de 1/5 dos entrevistados entenderem que esse modelo não existe e nunca existirá.
Como resumo da pesquisa, podemos afirmar que nesse momento no Brasil, o Capitalismo Consciente está para o entendimento da sociedade, como a Sustentabilidade esteve para os anos 1970. No final, podemos dizer que a “bandeira do Capitalismo Consciente” já está hasteada mas falta vento para ela tremular. Vamos fazer uma campanha do “assopro” para todos juntos fazermos ela aparecer. Na pesquisa da Visagio, o Vitor Marques mostrou que o conceito de Capitalismo Consciente parece já estar um pouco mais disseminado nos 363 respondentes da pesquisa, de 314 empresas, de vários setores.
Porém, o nível de maturidade nos pilares do CC ainda é muito baixo, para o Propósito 43%, Stakeholders 63% (parece que fora maximizar o resultado para o acionista os demais stakeholders ainda são tratados de forma superficial e “mal necessário”); Líder Consciente 66% (os CEOs acham que são bons líderes, mas os liderados discordam); e Cultura, com 52%.
Por incrível que pareça, empresas com até 10 anos de existência são mais Conscientes que empresas com mais de 10 anos de existência. O que nos leva a uma reflexão: temos muito trabalho pela frente com pessoas e empresas, mas temos uma enorme oportunidade para que a mensagem seja multiplicada e transformações possam ocorrer. Nosso segundo palestrante desse último dia foi o Marcio Fernandes, ex-CEO da Elektro, eleito o líder mais admirado do Brasil pela revista Você S/A e que deixou um desafio empresarial para seguir seu Propósito e montar uma consultoria em Propósito chamada Thutor.
Ele nos apresentou seu método e, principalmente, que seu principal papel como CEO sempre foi cuidar das pessoas, pois acredita que “Cuidando das pessoas, as pessoas cuidarão da sua empresa”. Ele acredita e prega que “Afetividade gera Efetividade” e dá quatro passos básicos: Acreditar, Melhor, Compartilhar e Praticar e reforça uma mensagem do Raj Sisodia: “Se você não é parte da Cura, é parte da Dor”. Trate sua equipe com respeito e de forma inclusiva: de baixo para cima. Seja claro, inclusivo e participativo. Ouça as sugestões da sua equipe e se a resposta for sim: Quando? Se a resposta for não: Por quê? Para fecharmos essa jornada e também o dia, tivemos o acalento de uma boa refeição com Alex Atala. Fisicamente não comemos nada, a não ser conhecimento e encantamento. Começou nos perguntando qual a maior rede social que une os seres humanos na Terra, rapidamente responderam o Facebook, com mais de 2 bilhões de usuários únicos (talvez 4 bilhões compartilhamos), mas na verdade a maior rede social que nos une é o alimento.
Então, Atala falou da relação consciente entre o homem e o alimento. Mas temos um problema sério no mundo de desperdício alimentar, pois não devemos confundir a pobreza com a falta de recursos. E aí o poder da mudança acontece quando há a conscientização do problema. Criatividade não é fazer o que ninguém nunca fez, mas fazer o que todo mundo faz de forma inusitada. Inovação = criatividade + utilidade. Ficaram enormes aprendizados durante esses três dias incríveis que compartilhamos um pouquinho aqui no blog. Mas queremos ampliar a nossa rede e fazermos com que mais pessoas e empresas sintam a necessidade de continuar mudando o mundo, por meio de seus negócios, de forma mais consciente, ajudando a elevar a humanidade e sendo parte do nosso propósito: “Ajudar a transformar o Brasil, por meio da inspiração de negócios conscientes, sustentáveis e inovadores”.
Venha conosco nessa jornada!
Abraço carinhoso,
Hugo Bethlem
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