Segundo a definição do movimento global do Capitalismo Consciente:
“Líderes Conscientes concentram-se no ‘nós’ e não no ‘eu’. Assim como o comandante de um navio, o líder servidor será sempre o último a abandoná-lo. Ele permanece atento e servil a todos que estão sob seus cuidados. Eles inspiram, fomentam transformação e fazem florescer o que há de melhor naqueles que os rodeiam. Eles entendem que o seu papel é servir ao propósito da empresa, apoiar as pessoas que estão com ele e criar valor para todos os stakeholders envolvidos no negócio. Líderes Conscientes lideram pelo exemplo; nos instigam a explorar novas áreas e a realizar mais plenamente nosso potencial. Eles reconhecem o papel fundamental da cultura e cultivam uma Cultura Consciente de confiança e carinho”.
E como fazer isso em meio a tantas diversidades?
Sim, a diversidade se refere a um conjunto de marcadores sociais da diferença, que possibilita que grupos sociais sejam identificados e reconhecidos, tais como: posição social, origem étnica ou racial, gênero, orientação sexual, deficiência, faixa etária, religião, cultura.
Ainda há dimensões da diversidade:
• Diversidade Primária – características do indivíduo que ele não pode controlar: idade, raça, identidade e expressão de gênero, orientação sexual, sexo biológico e se possui deficiência ou não.
• Diversidade Secundária – características que o indivíduo adquire com o tempo e a experiência de vida: religião, educação, localização geográfica, estilo de comunicação, estado mental, aparência, experiência e estado civil.
O que pode unir todos eles em prol de algo maior?
O respeito e o pertencimento.
O reconhecimento e aceitação da existência de grupos sociais diferentes, mas como aspectos importantes para sua sobrevivência – um ambiente saudável de coexistência das diferenças.
Sendo assim, podemos considerar que as práticas da gestão da diversidade nas organizações se concentram em aumentar a representatividade dos grupos considerados marginalizados. Enquanto as práticas de gestão da inclusão buscam criar acesso igualitário à tomada de decisões, recursos e oportunidades de ascensão social para todos os funcionários.
Para que a inclusão ocorra e haja o sentimento de pertencimento, deve haver a noção de equidade, que acontece quando conseguimos remover as barreiras e ter a participação inclusiva, isto é, tratar de maneira diferente os desiguais para produzir igualdade de tratamento. Ou seja, é reconhecer a responsabilidade das empresas em promover o desenvolvimento, a participação e a promoção dos indivíduos pertencentes a grupos subrepresentados nas atividades e funções organizacionais, a fim de igualar as oportunidades. Exemplo:
“A acessibilidade traz o olhar de inclusão.”
Eveline Prado Iannarell
A partir do momento em que a organização desenvolve políticas e práticas para a gestão da Diversidade, Equidade e Inclusão, a experiência de inclusão do grupo depende em parte do modelo de liderança. Por isso, a importância de compreender o conceito de liderança inclusiva, que é um conjunto de comportamentos de líderes focados em facilitar que membros se sintam parte do grupo (pertencimento), ao mesmo tempo que retêm seu senso de individualidade (singularidade), enquanto contribuem para os processos de grupo e resultados da organização. E a inclusão só vai acontecer, de fato, quando a satisfação das necessidades de pertencimento e de singularidade estiver sendo reconhecida dentro do grupo.
Logo, o foco do líder inclusivo deve ser nas relações do grupo. Afinal, uma empresa é feita de vários CPFs e cada CPF somado é o que constrói um CNPJ forte e próspero. Quando a liderança cuida das pessoas, as pessoas cuidam da empresa.
Sugestão de ação:
Promoção de workshops, palestras e cursos sobre letramento e sensibilização.
Referências Bibliográficas:
Capitalismo Consciente Brasil. Movimento Global. https://ccbrasil.cc/movimento-global/
Iannarelli, E. P. Conceitos fundamentais em DEI. Apostila: FIA Online, 2025.
Autora
Patrícia Aparecida Pereira Souza de Almeida é A. Gente do Capitalismo Consciente.





