Sustentabilidade socioambiental sob o olhar de Orientação para Stakeholders
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A orientação para stakeholders é um dos pilares do movimento do Capitalismo Consciente ao redor do mundo. Esta prática auxilia a relação entre empresas e seus diversos públicos de influência (direta e indireta) e deve ser usada com sabedoria para planejar e gerar valores sustentáveis.
ESG e o ponto de virada no valor da sustentabilidade
O ESG – uma sigla inglesa que corresponde a environmental, social & corporate governance – referindo-se a ambiental, social e governança – ganha cada vez mais espaço e refere-se aos três fatores centrais na medição da sustentabilidade e do impacto social de um investimento em um negócio.
O ponto de virada da sustentabilidade no ambiente empresarial se deu quando, em plena crise da pandemia, Larry Fink, CEO da Black Rock, maior gestora de investimentos do mundo, colocou a sustentabilidade como principal drive na seleção de novos aportes de sua organização. Esse gesto representou uma verdadeira quebra de velhos paradigmas ligados à irresponsabilidade socioambiental e à cultura de muitos benefícios concentrados em poucas pessoas.
Mudança de olhar
O mindset engessado e pouco conectado à nova realidade sustentável do mercado de alguns líderes pode ser transformado, desde que a interação humana e o convencimento conciliem argumentos emocionais – o propósito em si – e racionais – o ganho de competitividade que a empresa terá adotando a sustentabilidade como norte. Esta é a visão de Mariana Rico, Gerente Executiva do Instituto Estre.
“O tema do consumo, diretamente relacionado à geração de resíduos, é sempre abordado de modo lúdico, destacando a necessidade de consciência, senso crítico e responsabilidade ao comprar” conta Mariana.
O Instituto Estre atua diretamente sobre o problema de geração de resíduos. Divulga práticas sustentáveis em escolas e universidades públicas e particulares, além de empresas e comunidades em geral. Esta prática está alinhada a crescente necessidade de agregar novas narrativas, abordagens e apelos dentro do consumo consciente.
Design: um caminho para a sustentabilidade
Hábitos cotidianos de consumo são diretamente derivados das relações das empresas com seus stakeholders – refletindo crenças e comportamentos compartilhados. As organizações podem e devem desenhar seus produtos para que eles nunca virem resíduos, inspirando em seus líderes, colaboradores, fornecedores e consumidores essa mentalidade.
“O lixo é um ‘erro de design’, ou seja, um erro humano sem paralelos na natureza” Conclui Jonas Lessa, CEO da Retalhar, empresa que recicla de enormes volumes de materiais têxteis que seriam descartados e contrata costureiras de regiões periféricas com remuneração justa e boas condições de trabalho para que produzam novas peças a partir do material reciclado.
Jonas conta que dentro desse modelo de negócio, o lucro só faz sentido como forma de garantir a autossustentabilidade e oferecer novas soluções para todos os stakeholders. É importante também observar a importância de haver uma coerência no modo de se relacionar com cada grupo de stakeholders; a abordagem junto a colaboradores, clientes, fornecedores e a sociedade em geral deve ser harmônica e coesa.
Ruptura e engajamento
Tem sido facilmente percebida no mercado a reação negativa de diversos stakeholders quando as organizações se negam a ser mais sustentáveis – fuga de investimentos, saída de colaboradores-chave, rompimento com fornecedores e boicote de clientes -, enquanto empresas engajadas em causas socioambientais gozam de cada vez prestígio e fidelidade junto ao público. Trata-se de um ponto de virada para uma realidade empresarial do tipo ganha-ganha. Mas assim como qualquer ruptura, o engajamento de empresas e sociedade é essencial para uma mudança efetiva e ampla.
Aprofunde seu conhecimento
Selecionamos dois livros que podem trazer mais alguns insights para você. Economia Circular: conceitos e estratégias para fazer negócios de forma mais inteligente, sustentável e lucrativa. Catherine Weetman. Autêntica Business, 2019. Cidades e soluções: Como construir uma sociedade sustentável. André Trigueiro. Editora Leya, 2017.
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Confira na íntegra
Este artigo foi elaborado com base no evento Diálogo Consciente, que aconteceu no dia 27 de janeiro de 2021 e foi liderado pela Filial Regional de Campinas (SP) do Capitalismo Consciente. Se você não pôde acompanhar o evento ao vivo, ouça o áudio:
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