O aumento das discussões acerca do ESG (sigla para práticas ambientais, sociais e governança, em tradução) tem influenciado as empresas a assumirem compromissos socioambientais. No entanto, para que esse posicionamento não seja superficial, é necessário que haja coerência entre as estratégias e as práticas de negócio.
Esses são pontos que precisam ter uma sinergia e conversar entre si, caso contrário, a probabilidade de surgirem problemas reputacionais é alta, e a cia corre o risco de cair no “greenwashing” – ou seja, uma maquiagem verde para propagandear um falso pacto com a sustentabilidade corporativa.
Impedir que o ESG se torne um novo Greenwashing, perdendo seu potencial transformador, é sem dúvidas um dos maiores desafios da atualidade. Nesse sentido, a CAUSE orienta em 4 passos como evitar esse tipo de atitude, considerando – além da visão de nossos estrategistas – contribuições que o alemão Kim Schumacher, especialista em ESG e consultor do Ministério do Ambiente, Clima e Desenvolvimento Sustentável de Luxemburgo, fez em artigo publicado na revista “Responsible Investidor”.
Confira:
Explicando o Greenwashing
É quando uma empresa utiliza os fundamentos do ESG apenas como um chamariz para atrair investimentos ou ganhos de imagem – ou seja, a companhia se associa a atributos de responsabilidade ambiental, social e de governança, mas não incorpora a agenda ESG em suas operações. Veja 5 passos para evitar cair ou receber essa classificação:
1º Passo:
Faça um diagnóstico das competências existentes hoje na sua organização, para entender o que pode ser incorporado, através de treinamentos e especializações, o que precisa ser recrutado e o que pode ser adquirido junto a parceiros externos, como consultorias especializadas.
2º Passo:
Apesar de necessários, certificados ou programas curtos de liderança não substituem o conhecimento técnico acumulado por experiência e/ou anos de pesquisa científica sobre questões ESG. Portanto, é fundamental que organizações criem equipes que equilibrem tanto o saber teórico quanto o prático relativos a ESG.
3º Passo:
Nem todas as organizações têm recursos para construir departamentos ESG.
Nesses casos, é importante incorporar indicadores relativos às questões ESG, desenvolvidos por instituições relevantes, no centro da tomada de decisão das empresas. É uma alternativa para complementar as capacidades internas da organização, por vias mais acessíveis.
4º Passo: Avaliar se discurso e prática são coerentes
Oficialmente, no Brasil, não há uma entidade que ateste práticas ESG, mas existem algumas formas de avaliar o desempenho ESG das organizações, como as plataformas Sistema B, SASB, TCFD, MSCI ESG. Outro caminho é o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bolsa de Valores, que avalia as cotações dos ativos de empresas pelo seu comprometimento com a sustentabilidade.
Quer aplicar ESG à operação da sua empresa? A Cause conta com uma equipe multidisciplinar que atua na gestão de causas, via estratégias de comunicação, engajamento e advocacy; trabalho que visa o aumento do desempenho ESG. Entre em contato conosco no email [email protected]
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