A jornada
O instituto capitalismo consciente brasil nasceu em 2013 para ajudar a transformar o Brasil por meio da inspiração de negócios conscientes, inovadores e sustentáveis. Queríamos expandir nosso conceito, explicar nossas ideias, colaborar para que lideranças encarassem as mudanças inerentes da vida de forma mais efetiva e procurassem, de fato, tomar decisões orientadas para um impacto mais positivo.
Mas isso era pouco e percebemos que inspirar era apenas o princípio.
Em 2017 iniciamos a primeira revitalização das nossas atividades. Saímos da inspiração para um grande processo de construção. Nosso desejo era um ICCB mais profundo, focado em conteúdo para ajudar aqueles mesmos líderes que já conhecíamos a agir. Nosso convite passou a ser a ação e nossa entrega, o conhecimento.
Criamos uma dezena de ofertas de conteúdos vindo dos cofundadores, pensadores internacionais, influenciadores nacionais, curadores e uma equipe inteira orientada para entregar o que havia de melhor para nossos associados. Passamos a dar as mãos aos líderes que seguem pela jornada para que se sentissem acompanhados e seguros.
Mas a roda gira, e de novo precisamos mudar.
2020 chegou com nova gestão, e com a Pandemia. Aquele momento trouxe desafios que seguiam na paralela das nossas mudanças como marca e instituição, mas que assim como a todas as outras empresas, revitalizaram ainda mais nossa equipe e nossa motivação. Passamos pela digitalização urgente de processos e práticas, sofremos com a separação física dos nossos colaboradores, sentimos na pele a restrição dos eventos presenciais e a transformação em virtuais, e especialmente cuidamos da manutenção de nossa cultura, das nossas raízes e dos nossos valores mesmo distantes e carentes de calor humano.
Qual é a mudança que você quer fazer?
Ter que mudar não é novidade. Mudanças são premissas. E quando entendemos que somos mudanças em tempo integral, reconhecemos a riqueza do ciclo da vida. Os dois anos de pandemia nos mostrou que sofrer, vivenciar dores, ter consciência de que é possível regenerar e agir para transformar são partes de uma jornada cíclica que nunca se encerra.
É assim na vida, no planeta e nos negócios.
Mudanças são oportunidades, incluindo aquelas trazidas pela pandemia. Muito rapidamente, o ecossistema empresarial tangibilizou os pilares do Capitalismo Consciente como nunca e todos experimentaram o que era ser uma empresa orientada para stakeholders de fato. Se não pelos cuidados inerentes à manutenção das atividades, pela proximidade que as relações tiveram em tempos de lockdown.
A importância vital e absoluta de entender um negócio pelo ponto de vista de sistema, de ouvir e tratar todos como importantes partes interessadas, trouxe luz a nossa tão querida fórmula de gestão consciente.
De repente olhar para as pessoas e para o planeta se tornou óbvio. O ESG foi parar na agenda das empresas e o mundo parou para falar sobre isso. Nosso plot twist passou do olhar para fora para olhar para dentro, entendendo que sem nossa gente, nosso propósito, nosso ecossistema, nossa estratégia, nenhuma empresa sobrevive.
Capitalismo Consciente para todo mundo
O ano de 2022 chega nos perguntando o que temos de novo. Nova gestão, novo conselho… Mas se nossa roda gira, em que ponto estamos?
Chegamos no momento da inclusão. Queremos que o Capitalismo Consciente não seja apenas daqueles líderes das grandes empresas, mas que seja de todos os líderes. De todas as raças, gêneros, idades, segmentos de negócios, tamanho de empresas. Nosso Capitalismo Consciente é mais do que conceito e inspiração, é conteúdo, ferramenta, educação, experiência. É premissa de negócios inovadores, é alicerce de novos negócios, é transformação.
Em uma década, 40 trilhões de dólares chegarão às mãos de herdeiros em todo o mundo. A maior transferência de riqueza de toda a história. Essa nova geração já escolhe marcas, produtos e empregos por alinhamento de valores. Capitalismo Consciente é estar ao lado desta geração ajudando a fazer novos investimentos e gerando mais impacto por onde passam.
No último ano noticiou-se que 24 milhões de empresas são lideradas por mulheres no Brasil, quase 25% de todo o universo de empresas no país. Também soubemos que as micro e pequenas empresas brasileiras respondem por 52% de todos os empregos com carteira assinada. Precisamos fazer chegar ao conhecimento de todos esses novos e pequenos empresários o que é Capitalismo Consciente no dia a dia, como traduzir métricas ESG na gestão diária. Queremos dar conteúdo a todos que desejam seguir por uma jornada mais sustentável.
50 milhões de jovens entre 15 e 29 anos no Brasil não têm perspectivas de trabalho. É o olhar capitalista consciente de grandes empresas que poderão mudar esse cenário e esse destino. Essas empresas incluem, entendem a que servem e são grandes exemplos para a sociedade.
Ainda ano passado algumas pesquisas internacionais mostraram que “investimentos em empresas fundadas ou cofundadas por mulheres receberam menores investimentos do que empresas fundadas por homens; mesmo apresentando um desempenho de 10% maior em receita acumulada num período de cinco anos”. Será que não precisamos repensar a forma de se fazer investimentos no Brasil? Essa rota corrigida é Capitalismo Consciente.
Movimento que acolhe e gera valor com a diversidade
Nossas portas sempre foram abertas para empresas que desejam se aproximar e se aprofundar em nossos pilares e valores. Somos uma instituição e um ecossistema que acredita que empresas com propósito e planos estratégicos alinhados a esse propósito, certamente gerarão mais resultados e prosperidade no curto, médio e longo prazo.
Mais do que isso, se essas empresas gerarem e circularem riqueza, e se elas realmente acreditarem que podem transformar, estaremos corrigindo desigualdades, recalculando rotas e limpando arestas que o antigo formato de capitalismo originou.
Se existe uma máxima na vida é que o círculo virtuoso e da prosperidade começa numa ação baseada em valores positivos e se mantém girando pela intenção que se deposita nele. Se pudermos alinhar nossas atividades diárias com o ciclo da vida próspera, certamente tomaremos decisões que proporcionem impactos positivos e entregaremos à sociedade melhores resultados. Se ainda por cima, acolhermos a todos e incluirmos os diversos, faremos esse círculo girar mais rápido e com mais dignidade.
Acreditamos que é na inclusão que mora a prosperidade e o ICCB está de braços abertos para acolher tanto aqueles que sabem a que vieram quanto aqueles que desejam descobrir uma nova forma de atuar pela sociedade e pelo planeta.
Estes são meus compromissos para liderar essa organização, enquanto CEO, até 2024.
Daniela Garcia
Mulher, mãe, e primeira mulher a ocupar o cargo de CEO entre todas
as filiais internacionais do Capitalismo Consciente.