A Finlândia foi escolhida em 2024, pelo sétimo ano consecutivo, como o país mais FELIZ DO MUNDO, de acordo com o Relatório Global sobre Felicidade publicado na Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da ONU (SDSN)
Essa avaliação se baseia em seis fatores determinantes, que vão além do simples PIB per capita. Ela considera, também, a expectativa de vida saudável, a liberdade, o apoio social, a generosidade e a percepção da corrupção. São elementos que refletem não apenas um sucesso econômico com menores diferenças entre os que mais e menos têm, mas também o bem-estar e a coesão social, inspirados em valores éticos de respeito por uma convivência de diversidade e relações.
Ao olharmos para países como a Finlândia(1°), a Dinamarca (2°), a Islândia (3°), a Suécia (4°) e a Noruega (7°), somos lembrados de que a felicidade está intrinsecamente ligada a valores como equidade, solidariedade e consciência ambiental. Essas nações nórdicas se destacam não apenas por seus indicadores econômicos, mas também pela sua capacidade de construir sociedades justas e sustentáveis.
Para os finlandeses existe um provérbio central, inspirado em tentar diminuir sempre as desigualdades sociais:
“A felicidade é um lugar que fica entre o pouco e o excessivo.”
Por que estas sociedades nórdicas são reconhecidas entre as mais felizes do mundo?
O segredo por trás desse sucesso remonta aos tempos dos Vikings, quando essas sociedades enfrentavam desafios extremos de clima e geografia. A necessidade de cooperação e adaptação moldou sua cultura, tornando-as resilientes e abertas à diversidade e novas culturas.
Na atualidade, tratam-se de sociedades organizadas em sistemas capitalistas, mas com um grande viés no bem-estar social, ambiental e ético no que diz respeito a sua forma de organização como Estado.
Coincidentemente, poderíamos afirmar que esses países estão em sintonia com os princípios do Capitalismo Consciente, priorizando o propósito coletivo sobre o lucro individual. Eles entendem que o verdadeiro progresso não é medido apenas em termos econômicos, mas também com qualidade de vida e bem-estar comunitário.
À medida que enfrentamos desafios globais como a crise climática e as migrações em larga escala, torna-se evidente que precisamos de uma abordagem mais consciente e solidária. O Capitalismo Consciente oferece um caminho para isso, a partir de uma nova cultura consciente, incentivando lideranças comprometidas com o bem-estar dos ecossistemas social e ambiental, em prol de um desenvolvimento integral dos territórios e sociedades.
Portanto, as sociedades mais felizes do mundo nos lembram da importância de priorizar o cuidado com o ambiente, promover relações humanas baseadas no diálogo e na colaboração, e cultivar uma mentalidade de resiliência e sensibilidade social.
Em resumo, estes modelos geradores de prosperidade e, em consequência, de felicidade, podem mostrar um caminho para que as sociedades não colapsem através do tempo.
O Capitalismo Consciente, na mesma sintonia, propicia a universalização de uma cultura consciente, inspirada na prática da sustentabilidade para ser capaz de dar resposta aos novos cenários deste Século XXI, em prol de estabelecer as condições para uma prosperidade socialmente equitativa.
A partir de nossa transformação como sociedade, o desafio será transitar esta caminhada evolutiva de maneira coletiva!
Por Daniel Caporale, Conselheiro da Filial Regional do Capitalismo Consciente no Rio Grande do Sul