Documento destaca necessidade de uma cidadania ativa que trabalhe a favor dos valores democráticos e da liberdade
Em 1776, o filósofo e economista escocês Adam Smith escreveu o livro “A riqueza das nações”, que passou a ser o marco da economia moderna e, mais precisamente, do capitalismo moderno. Para ele, uma nação não era mais rica que a outra em razão de suas reservas naturais, agricultura, cultura e arte, ou abundância material. Tampouco por causa de reinos, feudos e exércitos. Para Smith, a riqueza vinha do grau de liberdade de seu povo.
Liberdade e propriedade privadas eram os fatores que marcavam essa riqueza ao garantirem que cada indivíduo fosse livre para decidir sobre a a própria vida – em especial, no que diz respeito ao trabalho e à definição de onde alocar capital. O intuito era incentivar as pessoas a buscarem a liberdade, a empreenderem e a gerarem riqueza e bem-estar para si e para seus entes queridos. Com isso, à medida que os negócios crescessem, outras pessoas seriam empregadas e poderiam também gerar riqueza e inclusão social, elevando a própria dignidade.
Coincidência ou não, o ano de 1776 é marcado pela declaração da Independência dos Estados Unidos. O documento histórico sublinha: “considera essas verdades como auto evidentes, que todos os homens (pessoas) são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são a vida, a liberdade e a busca da felicidade”.
Voltamos aqui a enfatizar que a maior riqueza é o grau de liberdade de um povo. Isso ratifica nossa crença absoluta no modelo que um regime Democrático prega e garante aos cidadãos de um país. Talvez, mais uma vez, não seja coincidência também que a enorme maioria dos países colonizados, como o próprio Brasil, declarou a sua independência no século XIX; acabou com a vergonha da escravidão; e mudou seus sistemas de governo para regimes democráticos presidencialistas ou parlamentaristas. Dessa forma, mesmo as atuais monarquias remanescentes no mundo, na maioria, são democracias parlamentaristas.
Em 7 de setembro de 2022, comemoramos os 200 anos da Independência do Brasil. As grandes conquistas e invenções que permitiram o Capitalismo Moderno ser uma das maiores invenções humanas e fonte de prosperidade vieram nesses últimos 240 anos, graças ao espírito empreendedor das pessoas e à liberdade de suas ideias poderem ser colocadas em prática. Os países que, entretanto, optaram por regimes ditatoriais, aumentaram o grau de pobreza e desigualdade de seu povo, travaram o crescimento de suas economias e geraram mais pobreza e miséria.
O Capitalismo Consciente existe no Brasil desde 2013 para transformar o jeito de se fazer investimentos e negócios no país e para diminuir as desigualdades, multiplicando os pilares que levam a uma gestão mais humana, mais ética e mais sustentável. Um negócio só é bom quando cria valor para as pessoas e para o planeta, quando é ético e quando baseado em trocas verdadeiras e voluntárias entre seus stakeholders. Um negócio também só é bom quando é nobre, quando tem a capacidade de inspirar e elevar a dignidade humana e, principalmente, quando é heroico para tirar as pessoas da pobreza e gerar prosperidade econômica.
Os negócios conscientes precisam ter ao menos quatro pilares fundamentais: tratamento equânime de todos os colaboradores, clientes, fornecedores, concorrentes, governo, investidores e acionistas; um líder consciente que cuida das pessoas para que, todos juntos, cuidemos do nosso planeta; e uma cultura consciente que perpetue a existência do negócio, na qual as pessoas sejam cuidadas e compreendam o verdadeiro “porquê” por trás daquilo que fazem.
Para que isso seja uma verdade, e para termos razão para existir, dependemos de um Brasil que respeite as Instituições Democráticas; a independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; os pleitos eleitorais e o sistema eletrônico de apuração dos votos; e, principalmente, a Constituição Federal, que proíbe e considera crime qualquer ameaça ao nosso regime político.
Nós precisamos de segurança jurídica, que dê garantia aos investidores, empreendedores e aos cidadãos de que os contratos e as leis serão cumpridos. Sem ela, a desigualdade é ampliada, em prejuízo daqueles com menos recursos e com menos resiliência para enfrentar as adversidades. Exercer a Democracia requer o cumprimento de três pilares fundamentais:
1) A soberania que reside nos níveis mais baixos de autoridade;
2) Igualdade política;
3) Normas sociais, pelas quais os indivíduos e as instituições só consideram aceitáveis atos que refletem os dois primeiros princípios acima.
Vários estudos demonstram que mais próspero, rico e menos desigual é um país quão mais democrático e com Liberdade Econômica ele for. Precisamos garantir a estabilidade do tripé de uma sociedade livre – com a iniciativa privada, o poder público e a sociedade Civil vivendo em perfeita harmonia.
A democracia é o modelo mais sólido de governança social e é o mecanismo para alcançar uma evolução sustentável, para que o sistema social não decaia, não eroda e prospere. Para que tenhamos o fortalecimento da democracia, precisamos trabalhar em mais dois pontos fundamentais:
1) O combate à corrupção, um mal que gera conflitos com os investimentos econômicos de empreendedores conscientes e que deteriora a eficiência e a qualidade das políticas públicas, especialmente nas atividades que beneficiam os mais pobres
2) O fortalecimento da educação para toda a população, que possibilita o compartilhamento de conhecimento e a formação para a cidadania. Pessoas mais conscientes sobre o funcionamento das estruturas do poder, passam a ter uma participação política mais intensa e qualificada.
Precisamos despertar uma cidadania ativa que trabalhe a favor da democracia e da educação, contra a corrupção e as desigualdades.
Nós, do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, acreditamos e defendemos a Liberdade, a Democracia e a Constituição Brasileira para podermos avançar em nossa razão de ser: “transformar o jeito de se fazer investimentos e negócios no país, para diminuir as desigualdades”. Nós convidamos você a fazer parte desta jornada de inspiração, educação e transformação das lideranças empresariais. O caminho é longo, tortuoso, repleto de desafios e provações, mas o destino é nobre e esperançoso. Junte-se a nós.
*Instituto Capitalismo Consciente
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